quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cultura como investimento Social

O mercado atualmente vem exigindo das empresas mudanças no seu modo de fazer negócios e de se relacionar com o mundo que as cerca, desencadeando ações de responsabilidade social. Várias organizações estão se conscientizando da importância da participação nas políticas sociais do Estado, atendendo às demandas de projetos ligados à cultura como elemento fundamental na gestão organizacional.
No resgate do papel social das organizações, procura-se o entendimento e o respeito às diferenças, bem como o processo de cooperação resultante da comunicação integrada. Nesse sentido, é essencial que as organizações tenham uma convivência amistosa, cujo relacionamento com grupos deixe de ter um caráter de dominação aos demais, para assumir um papel social.
É neste contexto que se situa a responsabilidade social, caracterizada por um conjunto de valores e princípios que se propõe a conduzir ações éticas e transparentes, voltadas para trabalhadores, investidores, fornecedores, consumidores, governo, meio ambiente e a comunidade. Com relação aos públicos junto aos quais a empresa tem responsabilidade social, são considerados prioritários: os empregados, os acionistas, os fornecedores e distribuidores, os consumidores e a comunidade. A responsabilidade social é a forma de a organização conduzir atividades com a finalidade de desenvolvimento da sociedade. Assim, por exemplo, pode colaborar para a melhoria de qualidade de vida de seus vizinhos, clientes e funcionários. Nesta concepção, a responsabilidade social fundamenta-se na participação empresarial em harmonia com diversos públicos, com ética e transparência.
As organizações devem mostrar que assumem de fato práticas responsáveis e comprometidas com a melhoria da qualidade de vida das pessoas e a diminuição das desigualdades sociais. Esse comprometimento pode ser revelado com ações éticas nos processos de decisões organizacionais, cumprindo a legislação e respeitando o público de interesse. E agindo desta maneira, as empresas podem  praticar ações sociais, utilizando a cultura como estratégia.

2 comentários:

  1. Atualmente encontramos algumas iniciativas nesse sentido, contudo, ainda é grande as empresas que usam o termo "responsabilidade social" ou "sustentabilidade" apenas para se promover, buscando ganhar a simpatia do consumidor.

    Cabe a cada um de nós, saber se essa ou aquela empresa realmente tem essa iniciativa. E, poderíamos dizer ainda mais: a maior responsabilidade é de cada um de nós na hora de decidir pela contratação de serviços ou consumo de um produto.

    Não dá pra comer feijoada com feijão preto importado da China e esquecer que naquele país pouco se faz para o trabalhador. Fora isso, cada vez mais encontramos em nosso bairro as famosas lojinhas de R$ 1,99 onde muitas vezes o funcionário que nos atende não ganha nem um salário mínimo. Algo para se pensar...

    Parabéns pelo artigo aqui!
    Um abraço
    e uma ótima semana.

    Marcio Hoffmann
    Arte da Tribo Produções

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  2. Márcio, a ideia é entender as manifestações espontâneas de um determinado grupo social, pelo seu modo de viver, que, com suas características próprias, se distingue dos demais.
    No Brasil, a valorização e o apoio à cultura são vistos como responsabilidade do Estado, e, por esta razão, a parceria entre os setores públicos e privado torna-se imprescindível. Trata-se da responsabilidade que todos devem assumir quanto ao desenvolvimento cultural, o bem-estar social e o desenvolvimento educacional no País. As empresas precisam se comprometer com esta responsabilidade social, no sentido de investir mais na cultura.
    O RS, como grande financiador da cultura no Brasil, em sua atuação no quadro político-cultural, vem demonstrando um grau de contribuição insuficiente no cenário cultural, principalmente se comparado às grandes empresas.
    Assim, as organizações públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, não inseridas no mundo das artes, passam a se manifestar com maior competência a partir dos anos 1990, exatamente quando o governo imprime maior importância às leis de incentivo, na tentativa de fomentar o mercado cultural brasileiro.
    Mas este assunto podemos mencionar em outra postagem... Obrigada pela contribuição!
    Abraço,
    Angélica Kebach

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